Espírito amante
Amor que minha vida enche
Mesmo neste corpo assim doente Morrerei eu, meu eterno amante, Antes do inverno vir; mal e lentamente, Irei morrer sem tua luz radiante, Como os tísicos sem luz do sol ardente! Meu coração assim romântico Neste tempo ardente e frio Minhas quimeras em vão, constantes, Morrerei sem ter em ti... e o teu verde distante Nos teus olhos morro sem vir E teu olhar ausente e frio Feito um sábio que define o existir... E eu presa a tarde ensanguentada... Nas paredes agarrada Esperando o rumor do Sol Neste instante, te quero calado Na bruma junto ao mar Sem flagelo Nem defuntos emergir E apenas neste instante A morte servir Entre a neblina do momento Morrer tão simplesmente No acorde que te faz Não me quero enterrada Na sepultura te tua alma Quer ser o espírito que te acha Nos sonho que te embala
Gabriela S V
Enviado por Gabriela S V em 09/05/2020
Alterado em 09/05/2020 |