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Sintonia
Assim como acalma olhar as ondas do mar
Olhar-te traz-me paz e me faz sonhar Nos momentos de maré alta Quando fortes batem as ondas contra as pedras Me debruço em ingênuo devaneio Me misturo com o mar Permitindo aos meus olhos No seu leito derramar Águas também salgadas Que escorrem a me temperar Não nas pedras que silenciosas Apenas recebem o pesar Mas na pele de minha face Onde escorrem sem cuidar São ondas que descem frias Tal qual as águas do mar E na bravura de cada onda Que cobrem as pedras num espumar Não se ouve um reclamo Apenas o som do mar E depois, na calmaria Quando as águas se põe a baixar São as pedras que reluzem Junto ao Sol a brilhar Cada alta uma luta Cada baixa um respirar É assim esse romance Entre as pedras e o mar Não te denomino de pedra Nem de mar estou a te chamar Somente compreendo Relação das pedras e o mar E a trago em consciência Para as coisas ajeitar E desta forma traduzir-te O que estou a interpretar As histórias mais bonitas Impressas nas páginas da vida Não são de fantasias São da perfeita sintonia Entre as pedras E o mar Onde um entende o outro Sem do outro nada furtar Deixando em cada encontro Um no outro o eterno se dar
Gabriela S V
Enviado por Gabriela S V em 13/05/2020
Alterado em 13/05/2020 Comentários
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