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Armadura
De tempos infortúnios
Entre lágrimas ácidas Sentiu rasgar a carne O que hoje aprisiona Sob pesada armadura Coração e face encarcera Em intensão quase covarde De evitar outra cratera Não se despe para vida Não consegue se permitir Das dores do ontem Hoje finge sorrir Caminhando bem pertinho Quase pode iludir A quem teu sorriso olha Que a felicidade faz parte em si Mas olhando em teus olhos Bem no fundo do negro olhar É possível extirpar A verdade que não lhes dá Armadura de aço forjada Com inúmeras pancadas Em extrema temperatura Onde a alma em tortura Se fundiu na amargura E no aço dessa loucura O vento que toca teus cabelos Somente na superfície fica Nem ele a penetra Pois os medos a encarcera Enquanto não confiar Essa armadura irá levar Agarrada à tua pele Fundida a alma que impede Que a vida a enlace Se é loucura Que julguem Mas a dor que incide Em teu peito já pesado Somente quem sente É capaz de inibir Se é loucura Que julguem E a pergunta a gritar Qual o tempo da loucura Para a armadura retirar?
Gabriela S V
Enviado por Gabriela S V em 16/07/2020
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