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Madrugada
Na madrugada
Gélida brisa toca Pálido corpo Que empedernido A sente Mas que a sente Mente Sem beneplácito Se encolhe Recolhendo-se em si Não o frio Mas a dor O amor A dor do amor Inócua brisa Que o toca O faz sentir Não a ela O frio Sombrio O sombrio frio Da quimera Outrora absolta Para agora Ocultar Chorar O choro ocultar Tornando taciturno O sentimento Que traz a mim Segredo Medo Em segredo o medo Recôndito o faço Pra que não reverbere em mim Esdrúxula é a figura Criada Moldada Criada em mim moldada Vista no alpendre No balustre recostada Em dor pungente Sinto Minto Minto que nada sinto Modorrento segue o tempo E sectario te sinto Mas se me perguntas Minto Sinto Minto que nada sinto Teu comportamento muda Vituperio o torna Mas se digo Reage Invade Reage e me invade É madrugada Agora fria E todo o corpo Arrepia Adia Arrepia porque adia Pra outro dia As alvissaras Que está a esperar É só mais um dia Madrugada fria Em outro dia com a alma fria
Gabriela S V
Enviado por Gabriela S V em 24/03/2022
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