Sentir...
Algo inerente
Diferente
Em cada um
O meu sentir
Destoa
Não te soa
Com o trago em mim
Eu era
Cachoeira transbordante
Alma incessante
Que agora seca
Era sonho
Consagrado
Imaculado
Transformado
Silenciado
Não há culpas
Ou pecados
Mas o que não foi cuidado
Aos poucos, abandonado
No silêncio viu-se deixado
E o grito...as palavras largadas
Nem foi ouvido
Não foi sentido
E o espaço surgido
Teve outro motivo
E o grito?
Fez-se silêncio
Fez-se ausência
Não sem razão
Por pura intenção
De se fazer saudade
De o tempo resgatar
As palavras acordar...
No oposto
As lágrimas no rosto
Foi o que se viu despertar
Palavras raras
Que aos poucos sumiam
Espaços vazios
Ampliados e perfurados por espinhos
Mecânica interação
Sem emoção
Num tempo obrigado
Que por vontade, seria negado
Dor
Dor pelo amor
Dor pela saudade
Dor pelo sonho
Dor de quem acreditou
Mas seja como for
Aqui ou noutra cidade
Através do que componho
De alguma forma, ecoou
E aos teus ouvidos chegou
E assim se fez valer
Te fiz saber
Do amor
Da dor
Do que carrego
Porque sim...eu levo
Será meu
Eterno