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Paranóia
Entre verdades e mentiras
Esgueirei-me na tortura De quem enebria-se da doçura Que no amargo se fecunda Nos pequenos deleites se sacia E a alma inunda Enquanto a fome se perpetua Sigo seminua E vou fingindo estar inteira Enquanto a vida sorrateira Traz a verdade para derme Impedindo que prossiga Qualquer coisa senão a despedida E eu, feito um verme Que a luz traz a morte Abrigo-me entre o caos Sem coragem pra tal sorte A face revelar E enfrento a batalha Sob o corte da navalha Que meu peito fez cortar E assim, pele arrancada Quando não me resta nada Fiz-me revelar Nas palavras que eram tuas Totalmente nua A face da loucura Eis aqui Estou a te mostrar Enclausurada nessas muralhas Que eu mesma te fiz colocar Lanço a ti o meu grito Pra que me tires desse lugar
Gabriela S V
Enviado por Gabriela S V em 26/02/2023
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