Por vezes me perco no horizonte
Tento achar um lugar
Um caminho
Onde eu possa me encontrar
Ando tão perdida
Desiludida
Que sorrir me faz cansar
Já dissentido de tantas coisas
Não consigo nem sonhar
Era eu uma menina
Tentando não tropeçar
Iludida fiz quimeras
Que nunca pude alcançar
Entre pensamentos
Guardo sentimentos
Que nunca pude revelar
No pouco tempo
Que de sonhos me nutri
Em cada um te trouxe aqui
Fiz um mundo de ilusões
E nesses sonhos eu vivi
Era na tua voz
Que eu era feliz
São tolices de menina
Mas foi tudo que vivi
Hoje não há vida
Carrego o meu sentir
Emudecida
Contrida
Sem mais nada sentir
Que pudesse minha alma
Salvar desse esvair
Egoísta eu esperava
Que me pudesse ouvir
E com toda calma
Voltasse aqui
Mas já faz tanto tempo
Que não há como iludir
Trago tudo em minha palma
Pra não mais interferir
E me perco no momento
Em que meus pensamentos
Se misturam aos sentimentos
Que trago em meu existir
E em meio aos soluços
Muito pouco consigo dormir
Um espectro ambulante
Ainda vivo por aí
Mas por dentro morto
Esperando pra cair
Consciente que teus braços
Nunca estarão aqui