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Insistência
Se me revelo perdida,
Se te pergunto o caminho, Diz-me as escondidas, Falas-me das rochas Dos ventos dos moinhos Que mortificam o meu corpo E das montanhas eu ouço O ranger de dentes tortos Vertentes águas mortas Que galopam dos rios; Enquanto para o céu olho E vejo nuvens que coroam Paisagens de uma história. Contas de pingos d'água Que a noite geme nas fendas Enquanto as lágrimas efêmeras Misturam-se as penas De quem nada compreende. E, se mesmo assim quero ir, Dizes que os meus passos Não te encontrariam Se perderiam nas sombras Das direções vazias E nessa insanidade Insisto em seguir Se não encontrar nada Tive razões para ir E mesmo sendo devaneio Uma pergunta fica em mim Se não me amas, Porque me avisas assim?
Gabriela S V
Enviado por Gabriela S V em 08/07/2023
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