![]()
Se não houver amanhã?
O dia custa a passar
As horas parecem perpétuas Arrastam-se esfregando na face A dor que dilacera Por um amor a findar Nas palavras tuas Que desnudam o disfarce Dos sentimentos a acabar Horas malditas Repletas de silêncios ditos Onde mal ouço Meus pensamentos loucos E nesse infinito tempo A lua vence o lamento E junta-se ao momento Já bem alta no céu Revelando a noite Breu de sentimentos E num repente Deixa a chuva descer Inundar o peito Com suas gotas pesadas Que descem marcando Na face as valas Das ácidas lágrimas Mas apenas em mim caía Somente eu sentia E como em túmulo de órfão A ninguém comovia Era eu e a pedra fria Mas se posso escolher Ei de não perecer Em fria pedra Ei de voar Sobre o imenso mar Com os ventos a me levar Não quero deixar Um lugar Sem ninguém para visitar Por de mim não se lembrar Vivi nesse agora A dor que me devora Sem ânsia por vitória Apenas o doloroso afã De que sabe estar Chegando a hora Adeus não darei Não há para quem dar Apenas os versos meus Te poderão anunciar E bem sei eu Que em mim cessará Todo essa dor Que está no teu lugar Apenas uma pergunta Fica a me incomodar Mesmo sabendo eu O que irias me falar Mas não consigo silenciar E por isso vou registrar Como seria Se a morte viesse me buscar Nesse momento Em que estou a te falar
Gabriela S V
Enviado por Gabriela S V em 09/07/2023
Copyright © 2023. Todos os direitos reservados. Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor. Comentários
|