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Perdida
Faz pouco tempo
E no silêncio Dolorido Onde as palavras se transformam Em espinhos que cortam Por quererem sair E não terem para onde ir Descobri que me matou Sorrateiro colocou O silêncio por inteiro Te confesso, profundo me feriu Sangrou Mas como um moribundo Senti e guardei em mim As palavras e a dor Não havia nada Uma razão Então fiquei calada Me arrastando Morta e cansada Foi um tempo de introspecção Sentimentos misturados Amor e dor traziam Só não mais sentia A ilusão de alegria Lembranças das palavras Onde me dizia Que tudo era pra sempre Que medo não sentia Porém, nesse instante Em que a morte fez presença Das palavras que dizia Nenhuma mais existia Enquanto em mim ardia Vivendo em agonia Tudo que eu te dizia Também disse certo dia Que quem amava Não prendia Hoje eu te digo Não terás de mim correntes És livre pra voar Sei que não existo No teu peito a morar Mas fique tranquilo Nunca tentarei nem arrancar Uma pena de tuas asas Para te tentar pousar Pois amo como o infinito E comigo esse amor irá morar Trancado no meu peito Ou eternizado no versar Mas nunca te será dito Nada chegará ao teu ouvido És livre e livre ficará Meu caminho agora eu sigo Levando junto comigo As lembranças sem esperança E lágrimas a rolar A saudade de uma história Que nunca o fim a concluirá E quando em meu leito A morte me vier buscar Ela receberá Meu sorriso de satisfação E minha mão para ajudar
Gabriela S V
Enviado por Gabriela S V em 06/08/2023
Alterado em 06/08/2023 Copyright © 2023. Todos os direitos reservados. Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor. Comentários
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