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Permita
Um corpo quase sem força
Largado entre lençóis Nas veias agulhas enfiadas No peito um corpo estranho Misturado a carne que sangra Entre tantos entra e sai Nenhuma figura me atrai Cada um que entra A dor me traz Nenhum que sai Alivia a dor que se faz Respiro fatigada Respirar me cansa mais Mas das dores que sinto A tua ausência é a que dói mais E para ela não tem agulha Cateter ou mistura Que dela se desfaz Sinto saudades tuas Do olhar verde que antes Brilhava mais que a estrela Sinaleira dos navegantes Era teu olhar minha estrela O que a mim guiava Agora já não sei mais A direção que tomo Pois nada me satisfaz Meu coração enfraquecido Bate completamente perdido Em um descompasso que nem o sinto Se bate ou se já não o faz Apenas meus pensamentos Voam livre com o vento Buscando no passado Um pouco de algo bom Bálsamo para um viver Que está a padecer Tenho comigo guardado O abraço que te quero dar De um jeito bem apertado Que não esquerá jamais Meu amor hoje é calmaria Não teme nada mais Tudo que eu temia Fez minha vida mais vazia Por isso agora sigo Levo comigo o que sinto Sem esperar por mais Sou como a poesia Que deve ser sentida Com a calma e alma serena Sentindo cada rima O sentimento que imprime Enquanto a voz que lê Engasga por perceber Todo sentimento que ela traz Pode ser que te seja tardia As palavras dessa poesia Seja nesse momento Apenas uma brisa Que nem ocupa teus pensamentos Mas não importa As palavras irão dizer Em cada verso que ler Que sei que não me amas Mas eu amo você Então permita que meus pensamentos Te anunciem meus sentimentos Até que já não mais possa ser
Gabriela S V
Enviado por Gabriela S V em 11/08/2023
Alterado em 11/08/2023 Copyright © 2023. Todos os direitos reservados. Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor. Comentários
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