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Amor em lugar seguro
Hoje acordei como outrora fazia
Ainda não era dia Era madrugada ainda Mas meus olhos caprichosos Ao entrar da primeira luz se abriram Mesmo tendo eles fechados Quando a lua estava se despedindo E nesse despertar, sem ter quase dormido Fiquei eu a pensar em tanto que tenho sentido Até tentei arrancar os pensamentos que vinham Mas fracassei tentando, total e completamente Sendo assim, me perdoa Não poderei de outra coisa Me colocar a desenhar na folha Senão do que eu sinto e guardo no silêncio acomodado Então hoje me dê licença Que deixarei fluir sem correntes Tudo que ocupa meu coração e mente Dizendo-te, sem meia medida Que és o amor da minha vida Por isso digo nesse instante Que te amo como o céu ama as estrelas Que te amo como a lua ama as canções Que te amo como o sol ama o dia Que te amo como o trovador ama a musa Que te amo como o eu amo você Que te amo como o clarão de todas as estrelas Amo…amor, o palpitar do meu coração Que te amo como a noite ama as trevas Que te amo como o calor dos turbilhões Que te amo como o fulgor que são das eras Desde o princípio de todas as gerações Por teu amor ao céu elevo uma prece A te livrar de toda a inveja dos pagãos E se um dia vir, versar a ti, todo o meu grito Anunciando ao mundo que te amo com todo coração Por teu amor é unicamente que escrevo Tanto te amo, que a ti, somente devo Dizer, amor, que eu te amo e amo sem a intenção De o prendê-lo ou levar-me por ilusão E quando à corte silente do pensar Eu convocar as lembranças do passado Um suspiro soltarei pelo que ontem fui buscar E chorarei o tempo já desperdiçado Afogarei o olhar em lágrima, tão cara, Por um amor que a morte anoiteceu Pranteio dor que o amor já superara Deplorando o que em você desapareceu Posso então lastimar o meu erro, nunca esquecido, Perdoar não conseguiu o fazer Dessa forma de tais penas recontar as sagas Chorando o já chorado e já sofrido Que ainda choro e tenho no agora sofrido E tornando a pagar contas todas já pagas Mas, meu amor, se em ti penso um momento Vão-se as perdas e acaba o sofrimento Nessa fração de tempo que o posso ter Através dessas lembranças que guardo de você E são-me essas as razões que meu sono esvai-se Em um tempo incomum ao descansar E ao abrir os olhos, assim como antes Nos meus pensamentos você está Não nada posso eu fazer para te conter E assim o impedir de eternamente me habitar Portanto, disse antes e volto a dizer Que te amo e nada posso fazer Senão entregar-me a foice E respeitar o nada que tens a me oferecer Sem que nada de mim faça teu silêncio interromper
Gabriela S V
Enviado por Gabriela S V em 17/09/2023
Alterado em 17/09/2023 Copyright © 2023. Todos os direitos reservados. Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor. Comentários
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