Estrela que no infinito brilha
E ilumina a sina de errante navegante
Mostrando onde é o norte
Livrando-o de navegar sem porto
Guia também esse meu coração
Até onde exista
Uma paz que se irradia
Dando motivo para esse ser
Encontrar na vida
Apenas uma razão
Que me faça crer
Que em algum lugar desse mundo
Exista algo profundo
Onde eu aporte segura
Sem medo das palavras
Ditas todas enfeitadas
E que não dizem nada
Quero encontrar-me serena
Sem que hajam fendas
Seguir minha estrela guia
Sabendo não ser minha sina
Viver com a solidão
Quero libertar meu coração
Livrá-lo de todas as amarras
Deixá-lo como pipa ao vento
Quero respirar e sentir cada momento
Sem medo do amanhã
Não te peço muito
Nem amor te peço
Quero seguir minha vida
Sem mais feridas
Sorrir por inteiro
Ter a alma leve
Quero brincar como criança
Guardar boas lembranças
Quero acordar cedinho
Com um sorriso lindo
Por ter tido um lindo sonho
Quero correr não por estar com pressa
Mas por me sentir liberta
Quero deitar-me na grama
Sentir o sol na pele
Com as mão sentir a vida
No meu peito pulsando
Quero estar entre os pequeninos
Mostrar-lhes os vagalumes
Quero ser como o vento
Viver nos quatro cantos
Quero olhar para a lua
E lindas história escrever
Quero essas coisas pequenas
Não quero mais nada ter
Se um marinheiro enlouquece
Ao no mar se perder
Também enlouquecemos
Quando no amor nos perdemos
E por isso não te peço
Por nenhum amor
Ou qualquer outra coisa
Que disso chegue perto
Peço simplesmente
Que minha alma se contente
Nas pequenas coisas
Nas coisas serenas
Que assim seja feliz
Sem desejar ser raiz