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Menina
Hoje quero contar uma história
Não uma história qualquer Mas a história que fez ela A menina das madrugadas Ser hoje o que é Sua história começa em um tempo Que dele, não porque ela não quer, Ela não sabe nada Nem um nome sequer E o pouco que ela sabe Desfez dela com maldade Mas a história dela Inicia quando um homem e uma mulher Se envolvem, seja lá como isso tenha sido, Desse envolvimento antes dito Foi ela surgindo Mas não sabe ela Se a mulher que no ventre a tem De verdade ali a deseja Pois assim que seus olhos abrem Teu mundo só foi tristeza Nem sabe ela se por um segundo Teve o afago ou se esteve nos braços Da mulher cujo ventre foi teu refúgio Tudo que ela sabe É que o amor se fez ausente Não teve o que outros tem Nem colo, nem o amor de ninguém Com o passar dos tempos Mais distantes ficavam os momentos Em que os sonhos eram atentos A realidade era fria Cheia de maldade As palavras eram afiadas facas E dela a vida sempre só tirava A menina, que agora já não era menina Um sonho ainda mantinha Mas a pobrezinha Foi deixando no cantinho Os sonhos que antes tinha Tudo que ouvia Não a permitia E sonhar virou quase um pesadelo Até que um belo dia Voltou para a menina Ó mundo de fantasia E voltou a alimentar o sonho Até que as palavras duras Voltaram e eliminaram a cura A menina desencantada Parou no meio da estrada Desabou em triste choro Mas ficou ali calada Depois de ser silenciada Pelas mais duras palavras Durante um pequeno tempo A menina ainda mantinha Um fio de esperança Mas as palavras não mudaram E a tristeza foi tudo que ela tinha Então, a triste menina No silêncio se guardou Secando as lágrimas do rosto Quando teu corpo estava exposto E o início da história Volta sempre na memória Sem que ela consiga entender A menina chora A menina sente que a vida a devora
Gabriela S V
Enviado por Gabriela S V em 19/11/2023
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