Nos caminhos de uma vida
Existem tantas estradas
As pequenas ruas
Grandes rodovias
Vielas apertadas
Estradas pavimentas
E aquelas descalçadas
Mas todas são caminhos
Pontos de partidas
Ou pontos de chegadas
Para uns são até atalhos
Mas não deixam de serem caminhos
Há caminhos tranquilos
De serenidade construídos
Há caminhos difíceis
Com a dificuldade pavimentados
E ando há tanto tempo
Nos caminhas da solidão
Que já nem me lembro
Se posso ouvir meu coração
Ando tão cansada
Dos caminhos  cheios de não
Já me rasguei tanto nos espinhos
Que meu coração sangrou
Não sou a Doroti
Meus pés não possuem sapatos
Nem vermelhos ou de outra cor
Na dor estão calçados
Caminho os meus caminhos
Mas não vejo a chegada
Os meus pés descalços
Já estão tão machucados
Quero outros caminhos
Quero meus pés calçados
Chega dos espinhos
Quero meu corpo curado