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Hora solitária
As horas passam
Em um compasso Que nunca se altera Assim como quem ama Não desiste da espera Cada esvair de segundos São os tempos que nesse mundo A solidão esteve aqui Fria em sua calidez Faz de minha estupidez Razão apropriada Para manter-se em mim penetrada Covardia de uma vida Camuflada na palidez De um rosto fúnebre Esperando outra vez Por uma oportunidade De libertar-se dessa insensatez E nessa fragilidade Que ao corpo combali A mente rompe o tempo Foge para outro momento Originário da ilusão Onde forte bate o coração Trôpega se joga e senta Sobre a relva refrescante Olha o céu e vagueia Entre cores e sombras E por um segundo Consegue até sorrir Até que o silêncio E o frio do momento Traz a razão A mente que estava longe dali Indelicadeza que com certeza Não comove outro alguém Fere tão somente Aquela cujo coração Não importa para ninguém Volta então a realidade Outras horas que logo vem E no tic tac O tempo passa Mas não passa A vida embaça O sorriso não convém No peito pequenino O coração, pobrezinho Nem mais lembra um passarinho Pois asas já não tem São horas indelicadas Que passam por essa estrada Estrada sem ninguém São horas e mais horas Presas no abandono Presa sem ninguém
Gabriela S V
Enviado por Gabriela S V em 07/12/2023
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