![]()
Peço-te
Deixe-me arrancar-te de dentro de mim
Já estou cansada à espera de um fim Minha alma sangra em infinda hemorragia Não há o que estanque e nem chega o fim do dia Agonia extenuante de quem ama Sem nem por um instante apagar essa chama Findam os dias, pelas noites vagueiam os pensamentos Amanhece outro dia sem morrer esse sentimento Minha boca sorri com mais doçura pois sofre Na língua amarga o fel que os lábios bebem É ardente o olhar que a visão distorce Na acidez das lágrimas que correm Sonho com um beijo ou uma carícia que fosse Mas no silêncio, a soluçar, na desgraça aprendi Que não há consolação mais doce aqui Que o sonho que o amor trouxe Tristeza que vibrou num soluço de mágoa Ao seu coração nunca pode chegar Mas o pranto cai dos meus olhos rasos de água Tornam mais penetrante e mais triste o meu olhar Meus lábios que nunca beberam alegria Disfarçaram num sorriso o que você magoou A dor é um sentimento que se alimenta e se cria Dos resíduos que a tristeza no coração deixou Em tudo em mim o sofrimento imprime Uma augusta expressão que me toma a graça Dando aos meus versos a inspiração sublime Que torna cada sentimento aquilo que não passa É dor, sem trégua nem guarida, Dor sem resignação, dor de irremediável pranto Dor que no passar pelo tumulto da vida Deixa os olhos nublados e alma perdida num canto Clamo-te com o coração a pesar Assim como me fizeste amar Termine com essa indescritível dor Ou dê-me logo todo teu amor
Gabriela S V
Enviado por Gabriela S V em 09/05/2024
Alterado em 09/05/2024 Copyright © 2024. Todos os direitos reservados. Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor. Comentários
|