Conto de amor
Lastimosas palavras soltas no tempo
Sob os fortes ventos da agonia Enquanto outros se alegram no momento Me desfaço em meio a dor que corroía Penosa é a vida de quem cria Nos contos de fadas, que tanto lia Histórias bem terminadas Onde o amor vencia Irremediável dor que agora me alucina Rasga sem pudor meu peito e arruina Minha crença no amor que ante tudo me fascina E mesmo sem ver a face, em mim é dor divina Dor do amor que trago como lampião que ilumina Arrependimento no peito não cabe Pois esse amor sempre foi minha sina E bem sei que disso você sabe E se o amor que carrego a mim é dor Não te sendo causa de sofrimento Fico feliz em meus lamentos Fazendo da dor um raio de muita cor Sentimento que minha alma arrepia Aprisionado no silêncio de mais um dia Lágrima de singela companhia Da distancia que pediste um dia Trépido e sorrateiro descrer Se os olhos não te podem ver Indescritível imagem crio de você E de olhos fechados posso te ver E soa nos meus ouvidos A música dos anjos escolhidos Sonata de melodia perfeita De tua voz que meu sonho enfeita Nem imagem, nem melodia O que a mim contenta Não se faz na luz do dia É sob o reflexo da lua que se ostenta E o que no agora te digo sem pudor Nem de dia, nem sob o reflexo da lua Nada foi capaz de arrancar de mim esse amor Por ser meu conto, minha história e tua
Gabriela S V
Enviado por Gabriela S V em 19/05/2024
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